sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Devaneios Inalcançáveis

O rio me remete, de alguma maneira, a meu lar. Há algo de muito acolhedor na lentidão de seu balanço, que me faz sentir em casa. A cor escura e quente da água contrasta com a frieza da mesma e o calor escaldante me envolve por inteiro, fazendo-me sentir protegido. O longo deque de madeira e as árvores fartas de folhagem tomadas por um verde vivo me lembram a varanda de minha primeira casa, de meus tempos de criança, tempos de não-preocupação.
De repente me vejo desejando mais que qualquer coisa: poder voltar àquela época. Sonhando mais que nunca com uma vida leve, livre de obrigações. Desejando retornar à alegria daqueles tempos, trazidos por essa paisagem. Eu me dou conta, então, que, se ao menos pudesse passar a vida a contemplar o contraste da água do rio com a linha multicolorida do horizonte, já me daria por satisfeita.
Mas o último raio do pôr do sol, de repente, chicoteia meu rosto, despertando-me de meus devaneios inalcançáveis.

Luiza Franco, nº 18

5 comentários:

  1. O texto está maravilhoso, genial! A descriçao esta perfeita, assim como o uso das palavras. Achei muito criativo e inspirador!
    Bom trabalho!

    ResponderExcluir
  2. O texto está maravilhoso, genial! A descriçao esta perfeita, assim como o uso das palavras. Achei muito criativo e inspirador!
    Bom trabalho!
    Rafaela Achatz

    ResponderExcluir
  3. Luiza, achei muito bem escrito e foi possível visualizar a imagem com bastante clareza.
    Maria Clara

    ResponderExcluir
  4. Luiza, achei seu texto ótimo. Ficou bem subjetivo. Parabéns!
    Caroline Zigowski, nº08

    ResponderExcluir
  5. Luiza Franco, seu texto está excelente, muito bom! Conseguiu retratar bem a paisagem, e vejo muito o espírito do trabalho, como sempre, não é mesmo?!
    Alice Vaz.

    ResponderExcluir