sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A Dança das Cores


A luz do dia, graciosa, lentamente dá lugar ao entardecer sereno. Na azulada manta que recobre o chão, começam a surgir alegres rajadas laranjas, anunciando a vinda da noite. Nuvens brancas se fundem num emaranhado de formas tão suaves e graciosas que podemos senti-las suaves e doces.
As montanhas ao longe são acariciadas pelas leves mãos do sol. Suas formas e entalhes pontiagudos, quase que geométricos nos fazem imaginar o que há l dentro e, com isso, os sentimentos afloram e a imaginação voa, numa mistura de cores e cheiros.
À esquerda, um pouco adiante, paredões formados pela fúria da natureza se mostram agressivos e exuberantes. Um grande morro que se curva em direção ao chão se estende à frente com uma imponência profunda.
Um belo pássaro solitário voa como se apreciasse aquele espetáculo natural. Num ímpeto, o pássaro vai embora, levando consigo o azul do céu. Nesse momento, tudo se incendeia e o sol vai desaparecendo em direção ao infinito. Porém, como o inevitável, o fogo vai se apagando, dando lugar a uma sórdida paisagem cinza e misteriosa.
Com esse espetáculo da natureza, uma dança de cores guiadas pelo tempo, misturamos a realidade com o sonho de uma paisagem impossível.


Rafaela Achatz, nº 31

4 comentários:

  1. Rafa,
    seu texto está muito bom e é possivel enxergar a paisagem com clareza.
    Naadia

    ResponderExcluir
  2. Muito bom texto, super poético e bem escrito. Parabéns!
    Luiza F

    ResponderExcluir
  3. Rafa, ta muito bom! Adorei acomparação que você fez com as cores e o anoitecer, parabéns!
    Felipe Lemos

    ResponderExcluir
  4. Rafaela, seu texto está muito bom, dá para enxergar claramente a paisagem, e o desenho ajuda também a formação da imagem, parabéns!
    Gustavo Lopes

    ResponderExcluir