sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Gosto de Infância
Ao passar pelo píer da Pousada, o azul das águas penetra nos olhos enquanto o sol escaldante bronzea as copas verdes das árvores. Essas, imensas e repletas de folhas, sempre muito verdes e brilhantes, trazem uma expansão de pensamentos, que voltam no tempo e presenciam o doce gosto da infância.
Ao mesmo tempo, a água muito transparente e reluzente se transforma em um espelho. Encontro um retrato meu refletindo no azul do rio, enquanto a brisa acaricia-me gentilmente. Mas aquele não é o retrato esperado; aquele é o rosto de uma ingênua garotinha de olhos sonhadores. E, mais uma vez, no momento em que presencio aquele brilho claro da água em meus olhos, aquela imensidade cristalina e sonhadora, meus pensamentos voltam no tempo e relembram o calor da infância. Calor que se mistura com o movimento do vento sob o espelho azulado e traz-me de volta à superfície verde, bronzeada, quente, saborosa e iluminada.
Alice de Freitas Vaz
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Alice, seu texto está muito bacana, parabens, voce conseguiu colocar a questão da infância e da água muito bem relacionadas.
ResponderExcluira sua imagem reflete e retrata o conto!
Mariana Bentivegna